06 fevereiro 2016

É ALTURA DE PERDER A VERGONHA E FALAR SOBRE DISFUNÇÕES SEXUAIS!

No dia 14 de Fevereiro celebra-se o dia dos namorados! Este dia é uma óptima desculpa para planearmos um dia romântico e aproveitarmos para namorar muito!
Existem algumas disfunções sexuais que podem afectar os homens e que podem ser a razão para que o dia dos namorados não seja tão perfeito: a ejaculação prematura, a disfunção eréctil, a perda de libido ou mesmo o excesso de desejo.
Muitas vezes, a causa destas disfunções sexuais está relacionada com a testosterona. Esta hormona "sincroniza" o desejo com o próprio acto sexual, regula o início e o fim de uma erecção. Assim, a testosterona encontra-se no "centro" da masculinidade, mas os seus níveis não são estáveis nem consistentes. A redução ou ausência de sexo reduz a quantidade de testosterona produzida pelos testículos e, com a restauração da actividade sexual, os níveis normais voltam a surgir. Por isso, a melhor cura para a perda de libido é realmente começar novamente a fazer amor.
 A ejaculação prematura é, muitas vezes, confundida com a disfunção eréctil, mas são condições completamente distintas. Na ejaculação prematura, a erecção é normal, mas a ejaculação ocorre antes ou cerca de 1-2 minutos após penetração vaginal. Por seu lado, a disfunção eréctil consiste numa incapacidade constante de alcançar e manter uma erecção suficiente que permita um desempenho sexual satisfatório. A ejaculação prematura é uma das disfunções sexuais masculinas mais frequentes nos homens com idade inferior a 60 anos e, no entanto, é uma das menos diagnosticadas e menos tratadas. Embora 20% a 30% da população mundial masculina refira sofrer de ejaculação prematura, apenas 9% procura ajuda junto do médico. Falar de problemas sexuais é muitas vezes difícil, e desencadeia habitualmente sentimentos de vergonha e ansiedade.
Todas estas disfunções têm um impacto significativo na qualidade de vida do homem e afecta adversamente a relação do casal: 44% dos homens afectados pela disfunção referem sentimentos de frustração, 36% ansiedade e 20,4% depressão. A dificuldade em fazer amor não é uma doença em si mesma, mas sim um sintoma de um ou mais problemas. O ato de fazer amor requer nervos que transportam sinais sensoriais ao cérebro, permitindo que sejam realizadas ordens, artérias que permitem que o sangue flua até ao pénis e veias que previnem o fluxo sanguíneo para o exterior do mesmo, para além de um sistema hormonal equilibrado. Qualquer destes intervenientes pode ter problemas e têm de ser identificados! É a altura certa para perder a vergonha e falar com profissionais de saúde que vos podem ajudar a namorar em pleno!

Inês Duarte, Farmacêutica na Farmácia Arade
Referências :
http://www.eucontrolo.pt/
Naeinian, M. R., Shaeiri, M. R., & Hosseini, F. S. (2011). General health and quality of life in patients with sexual dysfunctions. Urol. J. 8, 127-131.

Ribeiro, J. P., & Santos, A. (2005). Estudo exploratório da relação entre função eréctil, disfunção eréctil e qualidade de vida em homens portugueses saudáveis. Análise Psicológica, 3(23), 341-349.  

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